terça-feira, 9 de agosto de 2016

LXIV SALÃO DE BELAS ARTES DE PIRACICABA 2016



Dia 05 de agosto de 2016, sexta-feira, na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, ocorreu a solenidade de abertura da sexagésima quarta edição do salão acadêmico mais importante do país.

Dados do Salão:

Obras inscritas: 437
Nº inscrições: 142
Obras Selecionadas: 97
Artistas Participantes: 58
Estados Participantes: São Paulo, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Comissão de Seleção e Premiação:

Alexandre Reider
Blagojco Dimitrov
Claudio Canato
Marcus Claudio de Caldas
Ronaldo Boner


" A ARTE TRADUZ DE UMA MANEIRA INTERESSANTE O QUE ESTÁ ESCONDIDO DENTRO DAS PESSOAS" Armando Prado



OBRAS PREMIADAS


Prêmio Aquisitivo Prefeitura Municipal de Piracicaba

Georg Mend 
Obra: "Almeida negociando" - 125x100




Alison de Sando
Obra: "A espera" - 130x100



Agnelo Andrade
Obra: "Rua José Bonifácio - Mogi das Cruzes" - 90x70



Daniel Vizza Favalli
Obra: "Mariana - MG" -  39,5 x 30



Jesser Valzacchi
Obra: "Castelo de introspecções" - 130x110



José Rosário
Obra: "Velhas gameleiras" - 63x154



Marcos Sabadin
Obra: "Retrato do Sr. Romualdo" - 70x50




Prêmio Aquisitivo Câmara dos Vereadores de Piracicaba



Padilha
Obra: "O pequeno artista" - 100x80



Bruno Passos
Obra: "(A) Deus a contragosto" - 75x70



Prêmios Honoríficos


Medalha "Eugênio Luiz Losso" 

Marcos Sabadin
Obra: "Retrato do Sr. Romualdo" - 70x50



Medalha de Ouro - Pintura

José Rosário
Obra: "Velhas gameleiras" - 63x154



Medalha de Prata - Pintura

Clodoaldo Martins
Obra: "O vendedor de frutas" - 90x115



Medalha de Bronze - Pintura

Douglas Okada
Obra: "Kimono turquesa" - 60x80



Menção Honrosa - Pintura

Paulo Tosta
Obra: "Padrinho Nivaldo" - 40x30




Dulcídio Fernandes
Obra: "Itabeizinho" - 60x90




Sergio Farias
Obra: "Comodities & Logística" - 70x100



Medalha de Prata - Desenho

Daniel Adami
Obra: "Retrato de um idoso" - 51,5 x 43



Medalha de Bronze - Desenho

Gustavo Schossler
Obra: "Celly" - 50x50



Medalha de Bronze - Aquarela

Daniel Vizza Favali
Obra: "Mariana - MG" - 39,5 x 30



Menção Honrosa - Aquarela

Rita
Obra: "Noturna" - 16x23



Menção Honrosa - Desenho

Alexandre Greghi
Obra: "Cético" - 70x50



Menção Honrosa - Desenho


Eduardo Busin Fernandes
Obra: "O moleque" - 43x29





Marcos Sabadin
Obra: "Sr. do chapéu" - 46x30



Imagens da exposição



























Visitação de 6 de agosto a 11 de setembro de 2016 na Pinacoteca Municipal "Miguel Dutra" localizado a Rua Moraes Barros, 233 - Centro - Piracicaba/SP
Fone: (19) 3433-4930





quinta-feira, 2 de julho de 2015



FAMÍLIA VALZACCHI  - A ARTE ATRAVÉS DAS GERAÇÕES”




A Secretaria de Cultura de Catanduva tem o privilégio de realizar uma exposição com dez artistas da mesma família: FAMÍLIA VALZACCHI, que desde o início do século passado vem deixando importantes obras artísticas em cidades do interior paulista. Destacando-se em salões de artes com inúmeras premiações, em exposições coletivas e individuais, ministrando aulas, os Valzacchi vão disseminando técnica e talento.


“A FAMÍLIA VALZACCHI NASCEU PARA PINTAR. Ser artista é a nossa referência. Nenhum de nós poderia sobreviver sem pintar, porque, para nós, ser artista é ser como Deus. A tela é nosso mundo e você muda esse mundo quando quiser. Você pode deixá-lo mais sombrio, pode dar mais luz, pode mudar a natureza, acrescentar elementos e através deste mundo, expressar leveza, sentimentos e falar com a alma das pessoas.” (Edwil Valzacchi Junior)




FRANCISCO


A família Valzacchi tem no sangue o “Dom” da pintura. No Brasil, a herança artística inicia-se com Francisco Valzacchi, foi professor, pintor, decorador e escultor. Natural de Údine (Itália), nasceu no ano de 1896, mudou para o Brasil e fixou-se na cidade de Taquaritinga. Semeou a paixão pela arte entre os filhos Oscar e Edwil. Faleceu em 1949, mas deixou o legado para os filhos, netos e bisnetos perfazendo assim mais de um século de arte.

 

 Leon Tolstoi

Rio São Domingos (década de  30 - Catanduva)







OSCAR 


Estudou pintura com seu pai Francisco Valzacchi e, posteriormente, na escola de belas artes de Araraquara. Participou de salões de arte e mostras de pintura, onde recebeu várias premiações e ficou conhecido nacionalmente como “o pintor de queimadas”. Chegou a Catanduva em 1949 e com seus irmãos montou um atelier na Rua Sete de setembro. Solicitado então pelo Prefeito José Antônio Borelli, realizou as seguintes obras: 

Escultura Homenagem ao Soldado Constitucionalista de 32, Praça 9 de Julho. 

Escultura no Túmulo do Soldado Constitucionalista, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo. 

Projeto Arquitetônico da Pérgula na Praça da República 

Fonte Luminosa, na Praça da República. 

Esculturas do Jacaré, dos “velhinhos” e do Tronco de Árvore que jorra água, distribuídas no interior do Bosque Municipal. 

Escultura do Cristo Redentor e as obras em alto relevo dos portais das duas entradas do Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo.




 Cristo- 1964 - 200x200

 Giacomo Reguini Filho - 1961


 Melania Dgiono Borelli - 1957

  Paschoal Borelli - 1961

Queimada


Curiosidade:

Oscar Valzachi projetou e construiu a Fonte Luminosa situada na Praça da República em Catanduva. Além da imagem histórica existe um estudo da ornamentação na fonte, construída em uma lata.  Por algum motivo, percebe-se que o trabalho final nada se pareceu com a fase de estudo.



Oscar é o que está de chapéu em pé na parte superior da fonte.


Estudo para o projeto da fonte


Fonte no dias atuais




EDWIL 

Com premiações, participou de exposições e salões de arte em várias cidades brasileiras; foram seus mestres, o pai Francisco e o irmão Oscar; decorou e pintou a Igreja Matriz de Itajobi e a Igreja de Santa Rita de Caldas/MG; pintor de estilo impressionista, em suas obras reproduz flores, figura, paisagens e naturezas mortas; mencionado no dicionário-catálogo “Artes Plásticas no Brasil” de Júlio Louzada. Recebeu o troféu “Honra Comunitária” em 2003.








VANDIRA

Nasceu em 1948 em Taquaritinga é filha de Oscar e de Jandira. Transferiu-se com seus pais para Catanduva e após, para São Caetano do Sul, onde começou sua carreira artística com 18 anos de idade. Tendo como mestre e incentivador seu pai, leciona aulas de pintura e expõe trabalhos no salão Paulista de Belas Artes – São Paulo. Veio a falecer em 2014.







EDWIL JUNIOR

Com o mesmo nome do pai, Edwil Valzacchi Junior sempre teve aptidão artística. Rodeado pela arte, sempre esteve ao lado de Oscar, mas mesmo assim, optou pela fotografia, que na qual, tinha grande talento. Com o passar do tempo e o dom reafirmando a cada dia, entre uma ou outra fotografia, levava como Hobby a pintura, até que certo momento, por influência de seu irmão também pintor Marcos Valzacchi, resolve deixar tudo de lado e se entrega ao amor a arte vivendo exclusivamente dela. Valzacchi Junior tem por preferência paisagens rurais, aquelas que trazem a lembrança do passado e que por alguns momentos fazem nos sentirmos dentro daquele momento...










MARCOS 

Marcos Valzacchi sempre teve como seu mestre o pai, Edwil Valzacchi. Seu tema preferido era casario e marinha. Com grande agilidade para pintar, a maioria das vezes não usava referências, bastava uma tela em branco e um carvão, começava a desenhar de memória belas cenas de Ouro Preto, Parati e vilas interioranas de Minas Gerais. Sua destreza era tamanha, que poderia “riscar” uma sequência de casarios apenas de intuição sem repetir as cenas. Da mesma forma, as marinhas de Marcos eram provenientes de sua imaginação ou de experiências adquiridas ao longo dos anos. Para Marcos, a pintura deve transmitir emoção, tocar a alma das pessoas e proporcionar encantamento.











JAASIEL 

Nascido em Catanduva em 1974 começou a ter contato com a pintura aos 12 anos, aprendendo desenho e pintura com seu Pai Edwil Francisco Valzacchi. Na adolescência dividia seu tempo entre a escola e a pintura, posteriormente decidiu se dedicar totalmente a pintura. Os trabalhos de Jaasiel Valzacchi segue uma linhagem acadêmica, com temática variada se dirige em direções diversas: de flores a naturezas mortas, de paisagens a figuras e a representações do cotidiano. Cada composição é orquestrada sobre uma gama de modulações procuradas e obtidas através de uma lógica interior ligada a uma perfeita coerência.











PRÍSCILA 

Príscila sempre teve predileção pelas flores, enquanto seu pai e mestre Edwil Valzacchi era conhecido como o 'rei das rosas', suas flores prediletas eram as hortênsias e margaridas. Com tamanha sensibilidade já peculiar ao tema, gostava de pintar pequenos formatos dando mais fineza ao trabalho delicado e sensível, transmitindo assim todo encantamento da beleza das flores.









LÉIA 

Nascida em Catanduva, Léia Valzacchi se coloca como uma mulher simples e fiel servidora da tradição artística de sua família. Defende uma bandeira – a bandeira de seu pai Edwil Valzacchi. Suas pinturas, iniciadas muito cedo, abrangem inúmeros motivos e se expressam de forma variada e ganham relevo no impressionismo e no figurativismo. De seu pai, que sempre orientou seus passos no caminho da realização artística, aprendeu a técnica da pintura de flores, principalmente rosas. Nas rosas de Léia, nota-se desenvoltura das pinceladas, a boa composição e o colorido que falam melhor que as melhores palavras.










JESSER 

Jesser Valzacchi é filho, sobrinho, neto e bisneto de artistas. Herança que segue honrando o nome da família. Nascido no ano de 1983, teve sua carreira impulsionada pelo tio Francisco Marcos Valzacchi, no ano de 1997. O ambiente é sem dúvida um formador nato e Jesser soube tirar bastante proveito disso, e já em 1998 intensifica seus estudos sobre pintura e encara a arte como sua profissão. Desde então, Edwil Valzacchi, seu avô, tornou-se sua principal e maior inspiração. 

A formação acadêmica se deu pela prática da observação atenta que fazia constantemente aos membros da família, quando esses estavam em atividade. Além de seus antecessores familiares, Jesser admira Clodoaldo Martins como referências do cenário atual brasileiro. Podemos perceber em suas obras, as influências indiretas e diretas de muitos outros grandes nomes que foram se tornando referência. Suas obras têm um cromatismo eficiente e uma composição vigorosa, bem precoce para uma carreira tão curta. Há que se atentar pela acuidade no trabalho com as figuras e pelos tons terrosos, uma característica dos trabalhos realistas de final do século XIX, e que foi incorporada por uma grande safra de realistas contemporâneos, revisitada com novas técnicas e especiais efeitos.

Um Instante - 0.60x0.80 -  2014 


Recordações - 0.80x1.20 - 2013 (Medalha de Prata –  Catanduva - 2013)

Chá da Tarde - 60x80 - 2013 (Medalha de Prata –  Catanduva - 2013)





Imagens do Evento: