“FAMÍLIA
VALZACCHI - A
ARTE ATRAVÉS DAS GERAÇÕES”
A Secretaria de Cultura de Catanduva tem o privilégio de realizar uma exposição com dez artistas da mesma família: FAMÍLIA VALZACCHI, que desde o início do século passado vem deixando importantes obras artísticas em cidades do interior paulista. Destacando-se em salões de artes com inúmeras premiações, em exposições coletivas e individuais, ministrando aulas, os Valzacchi vão disseminando técnica e talento.
“A FAMÍLIA VALZACCHI NASCEU PARA PINTAR. Ser artista é a nossa referência. Nenhum de nós poderia sobreviver sem pintar, porque, para nós, ser artista é ser como Deus. A tela é nosso mundo e você muda esse mundo quando quiser. Você pode deixá-lo mais sombrio, pode dar mais luz, pode mudar a natureza, acrescentar elementos e através deste mundo, expressar leveza, sentimentos e falar com a alma das pessoas.” (Edwil Valzacchi Junior)
FRANCISCO
A família Valzacchi tem no sangue o “Dom” da pintura. No Brasil, a herança artística inicia-se com Francisco Valzacchi, foi professor, pintor, decorador e escultor. Natural de Údine (Itália), nasceu no ano de 1896, mudou para o Brasil e fixou-se na cidade de Taquaritinga. Semeou a paixão pela arte entre os filhos Oscar e Edwil. Faleceu em 1949, mas deixou o legado para os filhos, netos e bisnetos perfazendo assim mais de um século de arte.
OSCAR
Estudou pintura com seu pai Francisco Valzacchi e, posteriormente, na escola de belas artes de Araraquara. Participou de salões de arte e mostras de pintura, onde recebeu várias premiações e ficou conhecido nacionalmente como “o pintor de queimadas”. Chegou a Catanduva em 1949 e com seus irmãos montou um atelier na Rua Sete de setembro. Solicitado então pelo Prefeito José Antônio Borelli, realizou as seguintes obras:
Escultura Homenagem ao Soldado Constitucionalista de 32, Praça 9 de Julho.
Escultura no Túmulo do Soldado Constitucionalista, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.
Projeto Arquitetônico da Pérgula na Praça da República
Fonte Luminosa, na Praça da República.
Esculturas do Jacaré, dos “velhinhos” e do Tronco de Árvore que jorra água, distribuídas no interior do Bosque Municipal.
Escultura do Cristo Redentor e as obras em alto relevo dos portais das duas entradas do Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo.
Cristo- 1964 - 200x200 |
Giacomo Reguini Filho - 1961 |
Melania Dgiono Borelli - 1957 |
Paschoal Borelli - 1961 |
VANDIRA
Nasceu em 1948 em Taquaritinga é filha de Oscar e de Jandira. Transferiu-se com seus pais para Catanduva e após, para São Caetano do Sul, onde começou sua carreira artística com 18 anos de idade. Tendo como mestre e incentivador seu pai, leciona aulas de pintura e expõe trabalhos no salão Paulista de Belas Artes – São Paulo. Veio a falecer em 2014.
EDWIL JUNIOR
Com o mesmo nome do pai, Edwil Valzacchi Junior sempre teve aptidão artística. Rodeado pela arte, sempre esteve ao lado de Oscar, mas mesmo assim, optou pela fotografia, que na qual, tinha grande talento. Com o passar do tempo e o dom reafirmando a cada dia, entre uma ou outra fotografia, levava como Hobby a pintura, até que certo momento, por influência de seu irmão também pintor Marcos Valzacchi, resolve deixar tudo de lado e se entrega ao amor a arte vivendo exclusivamente dela. Valzacchi Junior tem por preferência paisagens rurais, aquelas que trazem a lembrança do passado e que por alguns momentos fazem nos sentirmos dentro daquele momento...
MARCOS
Marcos Valzacchi sempre teve como seu mestre o pai, Edwil Valzacchi. Seu tema preferido era casario e marinha. Com grande agilidade para pintar, a maioria das vezes não usava referências, bastava uma tela em branco e um carvão, começava a desenhar de memória belas cenas de Ouro Preto, Parati e vilas interioranas de Minas Gerais. Sua destreza era tamanha, que poderia “riscar” uma sequência de casarios apenas de intuição sem repetir as cenas. Da mesma forma, as marinhas de Marcos eram provenientes de sua imaginação ou de experiências adquiridas ao longo dos anos. Para Marcos, a pintura deve transmitir emoção, tocar a alma das pessoas e proporcionar encantamento.
JAASIEL
Nascido em Catanduva em 1974 começou a ter contato com a pintura aos 12 anos, aprendendo desenho e pintura com seu Pai Edwil Francisco Valzacchi. Na adolescência dividia seu tempo entre a escola e a pintura, posteriormente decidiu se dedicar totalmente a pintura. Os trabalhos de Jaasiel Valzacchi segue uma linhagem acadêmica, com temática variada se dirige em direções diversas: de flores a naturezas mortas, de paisagens a figuras e a representações do cotidiano. Cada composição é orquestrada sobre uma gama de modulações procuradas e obtidas através de uma lógica interior ligada a uma perfeita coerência.
PRÍSCILA
Príscila sempre teve predileção pelas flores, enquanto seu pai e mestre Edwil Valzacchi era conhecido como o 'rei das rosas', suas flores prediletas eram as hortênsias e margaridas. Com tamanha sensibilidade já peculiar ao tema, gostava de pintar pequenos formatos dando mais fineza ao trabalho delicado e sensível, transmitindo assim todo encantamento da beleza das flores.
LÉIA
Nascida em Catanduva, Léia Valzacchi se coloca como uma mulher simples e fiel servidora da tradição artística de sua família. Defende uma bandeira – a bandeira de seu pai Edwil Valzacchi. Suas pinturas, iniciadas muito cedo, abrangem inúmeros motivos e se expressam de forma variada e ganham relevo no impressionismo e no figurativismo. De seu pai, que sempre orientou seus passos no caminho da realização artística, aprendeu a técnica da pintura de flores, principalmente rosas. Nas rosas de Léia, nota-se desenvoltura das pinceladas, a boa composição e o colorido que falam melhor que as melhores palavras.
JESSER
Jesser Valzacchi é filho, sobrinho, neto e bisneto de artistas. Herança que segue honrando o nome da família. Nascido no ano de 1983, teve sua carreira impulsionada pelo tio Francisco Marcos Valzacchi, no ano de 1997. O ambiente é sem dúvida um formador nato e Jesser soube tirar bastante proveito disso, e já em 1998 intensifica seus estudos sobre pintura e encara a arte como sua profissão. Desde então, Edwil Valzacchi, seu avô, tornou-se sua principal e maior inspiração.
A formação acadêmica se deu pela prática da observação atenta que fazia constantemente aos membros da família, quando esses estavam em atividade. Além de seus antecessores familiares, Jesser admira Clodoaldo Martins como referências do cenário atual brasileiro. Podemos perceber em suas obras, as influências indiretas e diretas de muitos outros grandes nomes que foram se tornando referência. Suas obras têm um cromatismo eficiente e uma composição vigorosa, bem precoce para uma carreira tão curta. Há que se atentar pela acuidade no trabalho com as figuras e pelos tons terrosos, uma característica dos trabalhos realistas de final do século XIX, e que foi incorporada por uma grande safra de realistas contemporâneos, revisitada com novas técnicas e especiais efeitos.
Um Instante - 0.60x0.80 - 2014 |
Recordações - 0.80x1.20 - 2013 (Medalha de Prata – Catanduva - 2013) |
Chá da Tarde - 60x80 - 2013 (Medalha de Prata – Catanduva - 2013) |
Imagens do Evento:
Tenho um quadro de família que provavelmente foi seu avô que pintou
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