quarta-feira, 18 de setembro de 2013




2° PREMIO AQUISIÇÃO XXII SABBART- 2013


Hoje recebi a notícia que minha obra "Olhar Curioso" foi selecionada e premiada no XXII SABBART - Salão de Belas Artes de Ribeirão Preto..... Fiquei muito feliz....
Ribeirão Preto foi um dos primeiros salões de Artes que participei, junto com o de Catanduva, minha cidade. Como em todas as coisas, a um tempo certo para acontecer, mas Ribeirão estava demorando demais! Salão de Artes é algo que amo, ele exige do EU ARTISTA toda minha atenção e dedicação, erros não são permitidos, afinal, estamos sendo julgados e concorrendo com grandes artistas do Brasil todo, e esse fato de "dar o melhor de mim" é fascinante. Um gosto especial essa conquista, pois de todos os salões que participo, esse é o único que ainda não tinha sido premiado!


OLHAR CURIOSO

Oleo sobre tela - 120x130 - nov.2012


A ideia dessa obra veio num estalo. Minha sobrinha, Julia, vinha pra Catanduva, cidade interiorana onde o contato com a natureza  e com a simplicidade é mais comum. Sempre tive vontade de pintá-la, pele clarinha e nariz arrebitado, hábitos de cidade grande, de criança que quando vem para o interior de encanta com  cachorros solto na rua, cavalos no pasto, um besouro que passou voando...coisas simples e pensando nessa curiosidade, resolvi montar a cena no meu ateliê...A Visita no Ateliê! Seria mais um encontro com o desconhecido...tintas, pincéis, telas, potes, vasos, objetos de cenário em geral, uma tela em plena execução...Achei a ideia fantástica!!!

Mãos a obra e começar e montar a cena...Estruturar o cenário  distribuir os itens, pensar na iluminação....Parecia simples, mas foi o trabalho de um dia inteiro e parte da noite.

         Ateliê sendo estruturado  para cena

Nesse ponto, muito já  tinha sido feito..A prateleira foi fixado no local estratégico, a distribuição dos itens colocado de forma a dar harmonia a  composição.
Já de noite quando a modelo chegou, a tempo de fazer mais um teste de iluminação.

                                                         Julia


Feito os testes necessários, escolher o figurino e partir para a seção fotográfica, porque pintar do natural, seria impossível!


Depois de tanto trabalho, é hora de começar a trabalhar....Pintar o quadro e admirar o resultado.


Detalhes da Obra


A obra é repleta de detalhes.

                                Julia com seu vestido azul


                               Seu olhar curioso



                                Ursinho de pelúcia

Essa etapa nos transmite a sensação da menina da cidade grande (pele branquinha) , acostumada a brincar em casa (ursinho de pelúcia) , diante da sensação do novo (olhar estagnado).



   Prateleira com objetos para cenas



Quadro inacabado no cavalete. 

Nota-se que no inicio da cena, o quadro que estava cavalete era um figurativo, mas numa melhor analise foi trocado por uma paisagem. A cena da figura sendo pintada poderia confrontar e sobrecarregar a cena, pois já havia uma figura no local eque se trata do foco da obra. A paisagem se torna algo mais neutro!







domingo, 15 de setembro de 2013

Verniz final para quadros


O Uso do verniz sempre foi alvo de questionamento entre os artistas: Qual verniz ideal, qual o tempo necessário para sua aplicação?
O artista que busca aprimoramento deve se preocupar com esse item essencial a vida útil de sua obra, mas se tratando de resultados vistos a longos de anos, fica difícil a escolha, para isso, quando não ignoram, seguem teorias dadas por estudiosos.

Se tratando de teorias, existem muitas sobre o assunto, até quem diga que o envernizamento da tela não é necessário. Outros dizem que deve se envernizar a tela depois de um ano de conclusão, enfim, cabe a cada artista ter o bom senso e escolher a que lhe caiba melhor.



VERNIZ

Para Mayer (2006, p. 231), " Um verniz é um liquido que, quando aplicado sobre uma superfície sólida, seca formando uma película transparente com diversos graus de brilho, dureza, flexibilidade, e proteção, dependendo de sua composição"


FINALIDADE 

O verniz tem a finalidade de proteger a pintura e produzir um acabamento uniforme desejável.

O verniz deve criar uma película que separa a pintura do contato direto com o ar e com as impurezas que acabam deteriorando a tinta.  Imagine um vidro de espessura fina na frente de uma tela, agora imagine alguém jogando contra esse objeto um produto altamente corrosivo, o  resultado é certo, o produto vai parar ante de entrar em contato com a parte mais importante. Agora imagine o mesmo exemplo sem proteção alguma. É apenas um exemplo da importância do uso correto do verniz, é claro que existem muitos outros itens que deva ser observado.

VERNIZ IDEAL


  Segundo Mayer (2006, p. 235) :

As seguintes especificações ideais para um verniz final de pintura foram estabelecidas pelo comitê de restauração de pintura e utilização de vernizes da Conferência Internacional para o Estudo de Métodos Científicos para Exame e Preservação de Trabalhos de Arte, Roma, outubro de 1930:
      
     1. Deve proteger a pintura das impurezas atmosféricas
     2. Sua coesão e elasticidade devem ser tais que permitam mudanças normais nas condições atmosféricas e de temperatura
     3. Deve manter a elasticidade da película de tintas sob o verniz
     4. Deve ser transparente e incolor
     5. Deve possuir viscosidade certa para ser aplicados em camadas muito finas
     6. Não deve apresentar opalescência
     7. Não deve ser facilmente removível
     8. Não deve ser brilhante*

O autor informa que o comitê não conhecia qualquer verniz que atendesse a toda estas exigências.


TEMPO DE SECAGEM DA TINTA PARA RECEBER O VERNIZ

De acordo com Mayer (2006, p. 225):

Dependendo da espessura da película da tinta, a aplicação de uma adequada camada fina de verniz só deve ser feita após a tinta ter secado completamente e cessado toda a expansão ou contração das películas. No caso de uma pintura de espessura comum ou média, o tempo de secagem será de três a seis meses. As camadas de tinta muito espessas podem levar mais tempo, as camadas de tinta muito finas, menos que três meses e as camadas extremamente finas e velaturas podem ser envernizadas assim que estiverem completamente secas ao serem tocadas.
O envernizamento prematuro de uma pintura de espessura normal ou menor que a normal não é um problema tão sério como alguns pintores foram levados a crer; a advertência estrita de se esperar um ano é reminiscente dos velhos tempos, quando uma camada espessa e vítrea de verniz de mástique era praticamente derramada sobre a pintura, ao invés das camadas mais finamente pinceladas em uso geral no presente.


Referência Bibliografica. 
MAYER, Ralph. Manual do artista. São Paulo: ed. Martins Fontes, 2006.